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Johnny Bolzan, produtor musical e DJ, está na vanguarda de uma transformação no mundo da música. Durante o evento Spotlight, ele apresentou como a inteligência artificial (IA) está mudando a forma como as músicas são criadas e ouvidas. Para ele, a IA é mais do que uma ferramenta futurística; é uma evolução natural da música. Johnny compartilha sua visão sobre como essa tecnologia pode facilitar o processo criativo, trazendo novas oportunidades aos artistas. Seu foco é a ressignificação musical, evidenciando que o futuro da música unirá lados inovadores, onde humanos e máquinas criam juntos.
- A inteligência artificial (IA) está mudando a forma como a música é criada e consumida.
- Johnny Bolzan fala sobre como a IA é uma evolução natural da criação musical.
- A tecnologia sempre teve um papel na forma como a música é feita.
- A intervenção humana é essencial no processo criativo com IA.
- A IA deve ser vista como uma ferramenta que ajuda na criatividade dos artistas.
A Revolução da Música Através da Inteligência Artificial
O Impacto da Tecnologia na Música
A inteligência artificial (IA) está mudando a maneira como a música é criada e consumida. Em um evento recente chamado Spotlight, que comemorou os 20 anos do Olhar Digital, Johnny Bolzan apresentou suas ideias sobre como a IA está redefinindo o cenário musical. Para ele, a IA não é apenas uma ferramenta do futuro, mas uma parte essencial da evolução musical que já começou.
A História da Música e a Evolução Tecnológica
Johnny começou sua apresentação falando sobre a história da música. Ele mencionou como a música evoluiu desde os salões da nobreza até a era do streaming. A cada avanço tecnológico, novas oportunidades surgiram para a criação e o consumo musical. Por exemplo, a impressão de partituras e o desenvolvimento de softwares de produção musical foram marcos que ampliaram o acesso à música.
A música hoje é feita para o streaming, onde cada um tem sua própria playlist personalizada. Com a chegada da IA generativa, agora é possível criar músicas apenas escrevendo um simples texto, explicou Johnny. Essa transformação representa um novo capítulo na história da música.
Ressignificação Musical e Criatividade
Johnny discutiu o conceito de ressignificação musical. Ao longo do tempo, muitos artistas reinterpretaram obras existentes para criar algo novo. Ele trouxe exemplos de grandes nomes da música, como Tom Jobim, que se inspirou em Chopin para compor Insensatez, e Daft Punk, que utilizou samples de Eddie Johns em One More Time. Para Johnny, esse processo de ressignificação sempre aconteceu na música e pode ser feito também com a ajuda da IA.
O Processo Criativo com Ferramentas de IA
Durante sua apresentação, Johnny compartilhou como utiliza diversas ferramentas de IA no processo de criação musical. Ele explicou que começa gerando letras com o ChatGPT, cria melodias com o Suno e separa os canais da música utilizando o Moisés. Apesar de usar tecnologia avançada, ele enfatizou a importância da intervenção humana em cada etapa do processo.
É fundamental que os artistas e produtores tenham um papel ativo na criação, desde a escolha dos samples até a interpretação vocal, destacou Johnny. Ele acredita que a criatividade humana deve sempre estar presente, mesmo em um mundo cada vez mais dominado pela IA.
A Importância da Interpretação Humana
Johnny abordou a interpretação vocal humana. Embora a tecnologia permita a criação de clones de voz gerados por IA, ele optou por convidar uma cantora real para interpretar sua música. Para ele, a emoção e as nuances que uma voz humana traz são insubstituíveis.
Quando se usam apenas ferramentas generativas, todas as músicas podem acabar soando muito parecidas. É fundamental manter a individualidade e a expressividade na música, observou Johnny. Essa preocupação com a diversidade sonora é essencial para preservar a autenticidade musical.
O Futuro da Música e a Criatividade
Ao final de sua apresentação, Johnny refletiu sobre o futuro da música. Ele acredita que a IA não deve ser vista como uma ameaça à criatividade humana, mas como uma ferramenta que pode expandir as possibilidades de criação musical. Ele incentivou os artistas a se aventurarem nas novas tecnologias, buscando maneiras de ressignificar a música e criar obras inovadoras.
O futuro da música não está apenas na IA ou nas próximas tecnologias, mas em como os artistas e produtores vão usar essas ferramentas de forma criativa, concluiu Johnny. Ele convidou todos a participarem da construção de um futuro musical onde humanos e máquinas trabalham juntos em harmonia.